As três peneiras

Carlos foi transferido de departamento, logo no primeiro dia, para fazer média com o novo chefe, saiu-se com esta:
Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Silva. Disseram que ele...
Nem chegou a terminar a frase, Juliano, o chefe, interrompe:
Espere um pouco, Carlos. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?
Peneiras? Que peneiras, chefe?
A primeira, Carlos, é a da VERDADE.
Você tem certeza de que esse fato é absolutamente verdadeiro?
Não. Não tenho, não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram. Mas eu acho que...
E, novamente, Carlos é interrompido pelo chefe:
Então sua historia já vazou a primeira peneira.
Vamos então para segunda peneira que é a da BONDADE.
O que você vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?
Claro que não! Deus me livre, chefe - diz Carlos, assustado.
Então, - continua o chefe - sua historia vazou a segunda peneira.
Vamos ver a terceira peneira, que é a da NECESSIDADE.
Você acha mesmo necessário me contar esse fato ou mesmo passá-lo adiante?
Não, chefe. Passando pelo crivo dessas peneiras, vi que não sobrou nada do que eu iria contar - fala Carlos, surpreendido.
Pois é, Carlos, já pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essas peneiras? diz o chefe e continua:
Da próxima vez em que surgir um boato por aí, submeta-o ao crivo destas três peneiras: VERDADE - BONDADE - NECESSIDADE, antes de obedecer ao impulso de passá-lo adiante, por que: PESSOAS INTELIGENTES FALAM SOBRE IDÉIAS, PESSOAS COMUNS FALAM SOBRE COISAS, PESSOAS MEDÍOCRES FALAM SOBRE PESSOAS.

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